“Compro o que é nosso”
A AEP está a desenvolver uma campanha de valorização da oferta nacional de forma a sensibilizar a opinião pública para a necessidade do consumo de produtos nacionais.
Poderão ser campanhas como estas que ajudam a nação?
Eu gostava de acreditar que sim.
A Espanha saiu da recessão com uma campanha do género, foi algo mais forte, mas puxou ao patriotismo das pessoas para investirem no produto espanhol. Nós cá devíamos fazer o mesmo, apostar no que é nosso mas convém claro, que tenhamos contrapartidas (melhor qualidade e preços acessíveis).
Não acho que seja este o caminho. Eu acho que deve seguir o caminho da qualidade.
Comprar o que é português apenas porque é português é persistir na ideia de que somos uns coitadinhos, não fazemos nada de jeito, mas somos portugas, vamos lá ter a solidariedade portuga.
Eu compro o que é português, se for bom. Se tiver um produto ou um serviço de maior qualidade, que nã£o seja português, não tenho problema com isso. Cada vez mais somos cidadãos europeus e do mundo, não faz sentido estarmos a limitar o nosso poder enquanto consumidores, ao mercado português.
Façam coisas de jeito e de qualidade, e eu compro, seja português, chinês, japonês ou espanhol.
Sim, a qualidade dos nossos produtos tem de melhorar mas depois vem outra questão.
A onde encontrar produtos portugueses?
Tenho 3 mercearias aqui na minha zona, tem produtos portugueses que representam talvez uns 20% dos produtos que tem na loja. Tipo leite, algumas frutas…
Quero comprar meias ou vou fazer aproximadamente 3km para ir ao pingo doce ou vou á loja do chinês que fica a 500 metros…
Para alem da qualidade temos de ter em consideração a localização.
O projecto que a AEP apresenta não é novo, a ideia representada começou com Movimento 560 além de que toda a ideia base “nomeadamente” a de um selo identificador também, facto facilmente constatável em arquivos dos media onde o 560 esteve presente.
A única coisa que me compete julgar é o modo como as coisas funcionam em Portugal, a AEP nunca deu um passo em frente nem efectuou um único contacto na altura do Movimento 560 e não foi por não o conhecerem (http://www.youtube.com/watch?v=mS_JpXlgVVs), basicamente esperou que ele acabasse para apresentar toda a mesma coisa, agora (repare-se no discurso de Ludgero Marques). Para quem não entendeu campanhas como o Movimento 560 ou como esta que a AEP vai derivar é porque nunca quis ler até ao fim a mensagem, pois é bem explicito que a qualidade está acima de qualquer nacionalidade, o que se pretende é o incentivo tanto para sociedade de consumo como para agregação e motivação da (fraquinha) classe empresarial portuguesa. Fora toda a falta de ética e postura, que ganhe Portugal
A Mª João Nogueira disse tudo e não posso acrescentar mais nada, eu também compro produtos portugueses sempre que é um verdadeiro caso de escolha, quando se diz para comprar português apenas porque é português sem olhar para a possivelmente fraca qualidade do produto não estamos a apoiar o nosso país, estamos sim a ajudar à ausência de desenvolvimento e à politica do “barato” fomentada por muitos dos nossos empresários
Parece-me que era importante não só apostar em campanhas, e esta não é única … mas acima de tudo apostar no apoio ao desenvolvimento da industria portuguesa.
Apoio real, que não se limita a injectar fundos, mas também a educar/formar as nossas PMEs a produzir com qualidade, a criarem valor acrescentado associado aos seus produtos. O consumidor, esse está atento, cada vez mais … mas como já se disse, não chega o patriotismo saloio … é necessária oferta que se distinga pela qualidade.
Qualidade, essa é mesmo a palavra chave!!!