Os blogues morreram?
Fotografia de David Pham.
É com base nestas duas citações que escrevo este artigo e desejo abrir um diálogo sobre este tema.
Os blogs morreram., Robert Scoble.
Não partilho da ideia que os blogues tenham morrido, apenas se estão a transformar.
A tal profissionalização de alguns bloggers, pessoas que tendo bastantes conhecimentos de um determinado assunto e escrevendo de uma maneira irrepreensível viram uma oportunidade para rentabilizar tais capacidades, e este é apenas um dos tipos de blogger profissional.
Pessoalmente nestes últimos sete meses nunca editei nem publiquei nenhum artigo desde o local de trabalho, acho que a minha actividade como blogger não pode interferir nem acontecer enquanto estou a desempenhar a actividade que me coloca o pão na mesa. Mas esta penitência é minha e não quero ser mais papista que o Papa, ao fazê-la, acho apenas que não devo misturar os dois mundos.
Gostava de saber neste momento como estão os números no que diz respeito a weblogs activos nas plataformas de weblogs em Portugal, seria interessante saber se continuam a subir, ou se alcançaram alguma estabilização.
E será que vai o Clix ter mesmo uma plataforma de weblogs?
No que diz respeito à conversão de blogs em empresas midiáticas, em Portugal a coisa está muito fraquinha. Alguém têm exemplos?
Sobre as redes de weblogs em Portugal, comparando com Espanha, existe uma diferença gigantescas, neste momentolá estão identificadas, mais de trinta redes de weblogs.
Maior quantidade não quer dizer necessariamente maior qualidade.
Eu por mim falo, a produção de artigos para o weblog que mantenho na TE é resultado do tempo livre que me resta.
os livros morreram, a rádio morreu, o cinema morreu, a televisão morreu, os blogues morreram… (Isto parece um meme quando surge um novo media) o anterior ou os anteriores parecem ser dados prematuramente como mortos. (PS O ricardo só pergunta não afirma e o blogue dele é prova de vida)
[...] resposta ao post do Ricardo Bernardo, “Os blogues morreram?“, publicado no seu Zone41 é meu dever informar que este blog também não está morto, [...]
Custa não custa? Doi não doi? Eu também estou sempre a queixar-me da falta de tempo…
E grande foto.
É pena que no SAPO blogs tenham retirado a página pública de estatísticas que vinha com a plataforma LiveJournal - http://www.livejournal.com/stats.bml - senão respondia-se rapidamente a uma das tuas perguntas, mas compreende-se a decisão deles, que foi a mais correcta.
No exemplo do LiveJournal menos de 15%, do total de ‘journals’ criados, foram actualizados nos últimos 30 dias - esta estatística revela mais sobre a realidade do uso da plataforma que um total de contas criadas, que é geralmente a estatística que se exibe publicamente com muito orgulho mas interessa pouco.
As estatísticas de uso de outro serviços de blogs não devem andar muito longe dessa percentagem também.
Revela que os blogs despertam curiosidade, ao ponto de as pessoas criarem um, mas mantê-lo actualizado já é mais complicado.
Os novos serviços (como Jaiku, Twitter, Tumblr) tem uma barreira de manutenção bastante menor e isso é bastante atraente - mesmo para aqueles que como tu tem blogs actualizados.
Estes serviços são claramente o futuro e de mais fácil uso continuado, só lhes faltando ganhar mais tracção junto do grande público.
Sinceramente não acho que os blogs tenham morrido. O que acontece é que a blogoesfera está simplesmente mais “refinada”.
Hoje em dia, em qualquer moda que se propague pela internet, há um boom inicial e depois a coisa estabiliza. Nos últimos anos (talvez a partir ai de 2002, 2003) houve a moda dos blogs. Toda a gente fazia um blog mesmo que não tivesse nada para dizer porque era moda. Depois descobriam que não sabiam escrever, que não sabiam sobre o que escrever (quando na realidade até poderiam ter algum assunto, simplesmente não o saberiam explorar) ou que não se sabiam defender contra as opiniões das outras pessoas que comentavam nos seus blogs.
Agora que essa fase passou persistem aqueles que realmente sabem escrever ou que realmente têm opiniões a dar.
Eu por exemplo embarquei nessa moda (ainda antes do grande boom) e desisti rapidamente. Na altura não tinha assunto. Com o passar do tempo, com o meu envolvimento maior com o software livre e com webdevelopment comecei a ter opiniões sobre certas e determinadas coisas e precisava de um meio onde as pudesse exprimir, e por isso há cerca de um ano e meio ou dois (não tenho bem a certeza porque alguns meses depois do início apaguei tudo sem querer) voltei a criar um blog.
E adoptei uma política minha que é blogar apenas quando tenho algo decente que blogar. Não blogar só porque sim, só pra dizer “tou vivo ainda não morri”, não replicar notícias sem emitir uma opinião sobre isso (a não ser que se trate de algo sobre o qual eu seja um pouco fanático :D). Tento também não falar tanto sobre a minha vida pessoal (apenas alguns updates mais gerais de vez em quando), até porque transferi bastante esse aspecto para o Twitter.
o meu nao morreu, estah a hibernar.
falta de tempo, falta de paciencia, mais uma serie de outras condicionantes, levam a que esteja neste estado.
a presenca continua a ser marcada, mas no tumblr. por enquanto.
ha coisas de que gostaria de falar, mas nao o posso fazer neste momento. isso tambem leva a que nao sinta que estava a ser ‘honesto’.
o quintal sempre foi uma coisa muito pessoal e, nao podendo dizer o que me apetece, acho melhor nao meter lah nada. talvez no futuro volte a acordar a plantacao.
por enquanto ‘tumblo’…
Blogues morreram? Claro que não e recomendam-se! Eu é que já não tenho mais paciência para o linkbaiting semanal do Scoble (http://en.wikipedia.org/wiki/Link_bait).
Não morreram, mas já não são novidade. Isso não quer dizer que percam o seu objectivo. Simplesmente já não há aquele deslumbramento quando algo é novo.
No entanto, creio que há bloggers que evoluiram para soluções tipo tumblr. Cada vez mais estamos fragmentados por vários cantos da web, se há algo para além dos blogs, acho que passará pelas lifestreams.
Há outra coisa… isto vem em ondas de fôlego. Há quem consiga escrever com muita frequência e sair coisas boas (lembro-me do Markl) mas não são muitos. Todos já passámos por fases em que arranjamos assuntos para falar todos os dias, mas outras, às vezes passam semanas sem algo que valha partilhar.
Resumindo, não, não morreram. Estão mais discretos e comuns. (nada de negativo nisso)